21 de dezembro de 2009

Curiosidades – Raios


“… Na verdade o raio sai de baixo pra cima!…” Após esta afirmação de um colega de sala, fiquei me questionando: de onde vem esses raios? Do que são formados? Por que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar? O raio realmente sai de baixo para cima? Essas e outras perguntas você ira entender hoje aqui no blog!
Raios são na verdade uma descarga elétrica luminosa que pode ser entre duas nuvens ou até mesmo entre o solo e as nuvens. Os mesmos são formados quando há muito atrito entre as moléculas suspensas no ar (principalmente H2O de nuvens carregadas) formando cargas positivas e/ou negativas.
Como as nuvens estão carregadas, essa energia tem que ser dissipada de alguma forma e isso é feio através de uma descarga elétrica.
Existem três tipos de raios. Os raios entre nuvens, nuvem-solo e solo-nuvem.
Os raios entre nuvens são chamados assim porque entre as nuvens, quando uma nuvem está mais carregada positivamente e outra negativamente, havendo assim uma diferença de potencial (ddp) onde as cargas negativas, sendo mais leves, saem em direção das cargas positivas, caracterizando assim um raio. Eles não são muito perigosos para nos, pois ocorrem muito acima do solo. Esse tipo de raio são os mais freqüentes, entretanto mais difíceis de serem estudados devido a distância em que eles ocorrem.



Dentre os dois tipos de raios que interagem com o solo, aproximadamente 99,9% são do tipo nuvem-solo, ou seja, a descarga elétrica sai da nuvem em direção ao solo e não o inverso como meu colega havia afirmado. O que acontece é bem parecido com o tipo entre nuvens. Uma nuvem carregada negativamente e o solo carregado positivamente oferecem uma diferença de potencial fazendo com que as cargas negativas saiam da nuvem em direção ao solo.


Já o tipo solo-nuvem é raro, cerca de 0,01%, e ocorre, em sua maioria, em locais altos como montanhas. Nesse caso o solo está carregado negativamente o a nuvem positivamente.

Por essas trocas de descargas elétricas serem tão rápidas, fazem com que o ar ao seu redor fique iluminado (relâmpago) e ao aquecer o ar que está em volta provoca um estrondo (trovão).

Como a velocidade da luz (luz do relâmpago), aproximadamente 300.000km/s é bem maior que a do som (trovão), cerca de 340,29 m/s, a luz chega em seus olhos antes que o som em seus ouvidos. Se após 3 segundos que você observou o relâmpago, ouvir o trovão, tenha cuidado, pois o raio caiu a quase 1km de onde você está. Se o tempo for ainda menor, se abrigue.

Agora aí estão algumas curiosidades:

Verdade: O Brasil é o país onde caem mais raios no mundo. Cerca de 1 bilhão por ano.

Lenda: Se não está chovendo não caem raios.

Verdade: Os raios podem chegar ao solo a até 15 km de distância do local da chuva.

Lenda: Sapatos com sola de borracha ou os pneus do automóvel evitam que uma pessoa seja atingida por um raio.

Verdade: Solas de borracha ou pneus não protegem contra os raios. No entanto, a carroceria metálica do carro dá uma boa proteção a quem está em seu interior; sem tocar em partes metálicas. Mesmo que um raio atinja o carro é sempre mais seguro dentro do que fora dele.

Lenda: As pessoas ficam carregadas de eletricidade quando são atingidas por um raio e não devem ser tocadas.

Verdade: As vítimas de raios não “dão choque” e precisam de urgente socorro médico, especialmente reanimação cardio-respiratória.

Lenda: Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar.

Verdade: Não importa qual seja o local, ele pode ser atingido repetidas vezes durante uma tempestade. Isto acontece até com pessoas. O guarda florestal norte-americano Roy Sullivan foi atingido sete vezes durante sua vida. Sofreu pequenas queimaduras, contusões, tombos e roupas rasgadas. Hoje, aposentado, Roy mora numa casa reboque com um pára-raios em cada quina.

Fonte: CurioFísica

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