Virou mania em meados da década de 1980, nenhum estudo comparou sistematicamente a atividade física com a probabilidade de adoecer. Foi constatado naquele ano, uma incidência mais alta de oclusão coronária (bloqueio das artérias) em profissionais liberais do que em operários. Nos últimos 30 anos mais de 50 grandes pesquisas científicas dedicaram-se ao exame da associação entre o exercício e a saúde. A maioria desses estudos foram realizados em locais de trabalho, avaliando a atividade física no exercício da profissão, mas no final da década de 1970 surgiram investigações também em atividades de lazer. Mais de 16 mil diplomados de Harvard matriculados entre 1916 e 1950 foram usados no projeto. Tal estudo supôs que uma hora de atividade vigorosa resultaria na queima de 500 quilocalorias; na verdade as calorias queimadas podem variar muito devido ás diferenças de peso e a intensidade dos exercícios. Porém, indivíduos que andavam 15 km por semana tinham 21% menos de probabilidades de sofrer um ataque cardíaco do que seus colegas mais sedentários. Em meados da década de 1980, várias tendências começaram a incentivar a caminhada. Um dos fatores foi o envelhecimento da população. Os mais velhos estavam interessados em exercícios menos estressantes que a corrida por exemplo. A caminhada foi uma alternativa mais segura para os quarentões. O que jogou uma ducha de água fria também nos velhos corredores foi a morte do escritor maratonista Jim Fixx, em julho de 1984, considerado o papa da corrida, sofreu um colapso cardíaco e morreu enquanto corria numa estrada aos 52 anos. Sua morte prematura confirmou que por si só, o exercício não bastava para evitar doenças cardíacas. O exercício deixou de ser visto como uma panacéia e a corrida perdeu parte de sua popularidade. Há dúvidas sobre a relação entre o condicionamento físico intensivo e a longevidade. Não basta se exercitar. Outros fatores devem ser observados: fumo, níveis de colesterol elevado, hipertensão, obesidade, histórico familiar e diabetes. O exercício só combate o fator “vida sedentária”, restando os demais. O exercício só é eficiente se acompanhado de outros bons hábitos. A caminhada sempre foi subestimada como atividade para condicionamento aeróbico em curto prazo. Entretanto, em 1971, ficou demonstrado que após 20 semanas, homens de meia idade obtiveram algum benefício: aumento de 18% no consumo máximo de oxigênio e um importante decréscimo de peso e gordura.
Publicado em: fevereiro 13, 2009
Publicado em: fevereiro 13, 2009
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