As ações de degradação do solo – das queimadas ao uso indiscriminado de defensivos agrícolas -- começaram a resultar na desertificação do planeta em termos nunca antes verificados. O resultado é uma terra improdutiva, incapaz de gerar alimento. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a degradação e a desertificação já ameaçam 1 bilhão de pessoas em mais de 100 países.
A Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação alerta que, até 2050, metade das áreas agrícolas cultiváveis no mundo poderão se tornar improdutivas devido à desertificação.
E são as regiões de clima árido, semiárido e subúmido seco as mais atingidas, provocando a instabilidade dos países, já que a produção e o padrão de consumo nas escalas atuais são insustentáveis – o que pode resultar numa crise de alimentos.
Demanda intensiva
Segundo o diretor da Energy Marcon, Marcus Saussey, a demanda cada vez mais intensiva pela produção de alimentos aumentou o uso dos fertilizantes e pesticidas sem levar em consideração as consequências sobre o solo. “Os efeitos de tais usos podem provocar a desertificação, salinização, destruição de matas e florestas e consequentemente a diminuição da biodiversidade e a erosão”, afirmou.
Saussey disse que até a década de 70 as pessoas não tinham a preocupação com medidas preventivas do solo, já que o surgimento de áreas contaminadas só aconteceu a partir desse período. “O solo foi considerado por muito tempo como receptor ilimitado de materiais descartáveis como resíduos em geral”, afirmou. “Mas, na verdade, o solo é um recurso limitado.”
Ele afirmou também que no Brasil não existe um sistema coerente de prevenção e controle de poluição do solo. Por isso, é grande o risco de grandes extensões de terra se tornarem improdutivas.
A falta de consciência, apesar de as pessoas terem cada vez mais acesso à informação, faz com que o problema se alastre a cada ano.
Andrés Bruzzone Comunicação
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