28 de abril de 2010

O dia em que o coro comeu na Câmara municipal- Vereadores fugiram para não atender a solicitação das Professoras, Controlador se esconde com a Câmara às escuras e todos os vereadores vaiados na porta da casa.

É um absurdo o que está acontecendo dentro da cidade de Jequié, desde a última segunda feira, dia 26, os professores do município depois de ter feito um alerta no dia 19, foram à frente da Prefeitura reivindicar um aumento no  piso salarial de 15,93%, mas os assessores do prefeito insistem em colocar a disposição desses valorosos profissionais a proposta de 0,0% (Zero Por cento

Indignados, os professores em sua maioria mulheres dirigidos pela APLB Sindicato foram à Rua nesta terça-feira, saíram em passeata das 17:00 h da Praça Rui Barbosa em direção à Câmara de Vereadores esperando que esses representantes do povo e que receberam os votos desses professores na última eleição pudessem se compadecer da situação de destrato que o executivo municipal está tratando as mesmas. Lotaram as dependências da Câmara e ficaram lá reunidas por mais de 1 hora. Tamanha a decepção ao perceber que os vereadores mesmo sabendo da sessão e da presença dessas valorosas guerreiras não compareceram  as tribunas da casa de leis para evitar que tivesse CORO, com isso colaborando para valorizar o destrato já produzido pelo executivo municipal, revoltados os professores desceram as escada da Câmara e formaram um corredor indiano para gritar, vaiar e chamar de covardes e mecenários  os parlamentares que ali compareceram como também os vereadores ausentes.

No corredor indiano passaram o vereador João Cunha, (vaiado); O vereador Luiz Brito (vaiado); o Vereador Vanderlei (vaiado); o Vereador Fiim (vaiado); o vereador Roberto Pinna (vaiado); e por último o vereador e Presidente da casa Ednael Almeida (o mais vaiado de todos), por resistir na saída, tentando evitar o ‘’confronto com os professores’’, os sanitários femininos foram fechados para que as professoras não pudessem fazer as suas necessidades na Câmara, uma atitude covarde, além disso, alguns funcionários ameaçaram de chamar a polícia para a categoria que protestando aos berros, respondeu: ''Polícia pra ladrão, pra professores não''!!!

A atitude mais covarde foi a do controlador Luciano Sepúlveda, que ali foi para representar o prefeito Luiz Amaral e ser o sustentáculo na defesa dos professores do município onde se esperava que ele aparecesse com um proposta de negociação, mas pasme que o ex-diretor da penitenciária se escondeu para não enfrentar as valorosas mulheres trabalhadoras dessa terra para deixar essa profissionais sem resposta ficou escondido dentro da Câmara de Vereadores com todas as luzes apagadas após todos os funcionários terem deixado o local, ficando apenas ele e uma Guarda Municipal, tentando enganar o grupo de professores.


Os professores continuaram de pé. Já era 20:00h quando a representação do Noticiário de Jequié deixou o local, o controlador ainda permanecia trancado.


O vereador João Cunha foi entrevistado pelo Noticiário de Jequié que perguntou por que que os vereadores fugiram para não atender a solicitação daquelas mulheres trabalhadoras e que tanto tem sofrido com os descasos do executivo municipal e agora enxotada pelos vereadores. João Cunha falou que do alto dos seus 23 anos ele está decepcionado com a política e que se sentia extremamente triste. O vereador Luiz Brito revelou ao Noticiário de Jequié que os seus colegas foram incentivados pelo executivo municipal a esvaziar a sessão para não dar créditos aos apelos feitos pelos professores do município.
O vereador Vanderlei falou com os professores na saída que ele não merecia vaias, que estava ali para defender a causa da classe, disse também ter procurado o prefeito por várias vezes, mas não havia recebido resposta.

O vereador Fiim, um dos mais vaiados, repudiou as vaias e ao ser chamado de covarde respondeu aos professores que poderia ser tudo, menos covarde.


O vereador Roberto Pinna, não teve nem coragem de se defender, pois, demorou muito tempo escondido com medo de enfrentar os professores e foi barbaramente vaiado. Quem levou mais tempo resistindo à saída foi o vereador e presidente da casa Ednael Almeida, este foi barbaramente vaiado e retrucou dizendo que não merecia aquelas vais e que havia ficado todo o tempo ali para defender os direitos da classe e não entendia as vaias ou por que estava sendo tratado daquela forma.


O caso mais gritante foi o do controlador Luciano Sepúlveda que nem sequer se deu ao luxo de sair para dar uma satisfação aos professores do município, ficando trancado com as luzes apagadas dentro da Câmara.
Prefeito Luiz Amaral, nós compreendemos as dificuldades que o município está passando, mas a verdade é que ninguém merece uma assessoria com a maioria dos assessores que você tem no momento, prefeito, o senhor é um homem de letras, esposo de uma socióloga e que sabe o valor da educação para uma nação, não permita que seja negado ao povo de sua terra o direito a uma educação digna, a educação é o primeiro tijolo, é a formação de tudo, sem a educação, nós não somos nada e não teremos nada. Essas mulheres tem deixado os seus lares, as suas casa, os seus maridos, as suas vidas, a mesma coisa acontece com os homens profissionais da área de educação para dar o que tem de melhor para os nossos filhos, para os nossos alunos e para a nossa população e ganham um salário ridículo são maltratados e humilhados na sala de aula, muitos são agredidos por alunos mal-educados ou por marginais ou por traficantes fora e dentro dos muros dos colégios do nosso município, sem nenhuma segurança, sem nenhum respeito. O senhor como filho dessa terra e nosso representante eleito nas últimas eleições por uma quantidade expressiva de votos, faça valer os votos que o senhor recebeu nas urnas e honre esses profissionais dando os reajustes insignificantes de 15,93% que eles estão pedindo.
fonte (Noticiário de Jequié)

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