Depois do desgaste sofrido na última terça-feira, na qual os vereadores governistas manobraram para não a Sessão legislativa, a Câmara ontem (quinta-feira, 29) se redimiu e assumiu seu papel de ouvir as reivindicações da população e debater os temas de interesse da sociedade. Isto aconteceu depois que os professores, em greve desde o dia 26, novamente lotaram o plenário para solicitar às sua reivindicações de reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Como a Sessão estava transcorrendo normalmente, sem certeza de que as razões da greve seriam debatidas, o vereador José Wanderley (PT) solicitou a suspensão da ordem do dia, ou seja, da pauta programada, para discutir a luta dos professores, o impasse e as consequências do prolongamento da greve, já que o prefeito Luiz Amaral, através de seus secretários, mantém-se intransigente, não apresenta nenhum índice de aumento salarial e também não busca formas de resolver o impasse, numa greve que está deixando quase 21 mil alunos sem aula.
Depois de um breve debate regimental, os vereadores decidiram colocar em pauta a crise na educação municipal e os motivos da greve, conforme a solicitação do vereador do PT. Aberta a palavra, os vereadores Deyvison (PT) e Wanderley (PT) hipotecaram apoio à luta dos professores. Segundo eles, como a prefeitura está “inchada”, com quase 2000 contratados sem concurso, o prefeito que punir os professores, funcionários efetivos, com o reajuste “zero”, com o congelamento dos salários.
Para concluir o debate, o vereador Ednael Almeida (DEM), presidente da Câmara, disse que fará um esforço para intermediar o diálogo e acordo o executivo e os professores, pois só através da retomada do diálogo será possível chegar um consenso. No final, foi concedido um espaço para a um membro da APLB se pronunciar. A professora Claudenice Santana, diretora da Delegacia do Sol, cumpriu essa função, relatando as razões da greve, as tentativas de diálogo e as dificuldades criadas pelo governo.
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