30 de março de 2010

Confronto entre PM e professores fere 16 em SP; manifestantes recuam após bombas

Ao menos 16 pessoas --entre elas sete policiais-- ficaram feridas após confronto entre manifestantes e a PM, durante assembleia realizada pelos professores do ensino estadual de SP em frente ao Palácio dos Bandeirantes --sede do governo paulista--, de acordo com a Polícia Militar. Eles foram encaminhados ao hospital Albert Einstein.
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No momento em que os professores subiam pela avenida Giovanni Gronchi com destino ao Palácio, em uma área considerada de segurança --e onde não são permitidas manifestações--, a PM jogou bombas de gás lacrimogêneo. Houve empurra-empurra e os professores decidiram recuar e voltar para a frente do estádio do Morumbi, onde estavam concentrados anteriormente. O clima é tenso e há muitas pessoas chorando por causa do gás que causa irritação nos olhos.
A tropa de choque o Águia, helicóptero da Polícia Militar, também estão no local.
O carro de som da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo) anuncia que há muitas pessoas feridas e pede ambulâncias. Um cinegrafista foi atingido e o carro de um veículo da imprensa foi totalmente destruído.
Além dos professores, há muitos estudantes e militantes partidários no protesto. Os manifestantes cantam o hino nacional a todo momento.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) bloqueou a avenida Giovanni Gronchi com a rua Erasmo Teixeira de Assunção, a avenida Morumbi com as praças Crepúsculo, Jorge João Saad e Santos Coimbra, e a avenida Professor Francisco Morato com a praça Jorge João Saad.
Greve continua
Terminou por volta das 18h30 a reunião entre uma comissão dos professores da rede estadual de São Paulo e funcionários do governo, no Palácio dos Bandeirantes. Não houve acordo, pois o governo disse que só haverá negociação se a paralisação terminar. Os professores alegam que acabam com a greve somente se houver acordo.
Os 11 diretores da Apeoesp negociaram o fim da greve --que começou no dia 8 de março-- com o secretário adjunto de Educação, Guilherme Bueno, e secretário adjunto da Casa Civil, Humberto Rodrigues.
Os professores, que realizaram uma assembleia nas proximidades do Palácio e decidiram manter a paralisação, entraram em conflito com a polícia. Durante a manifestação, uma pessoa chegou a desmaiar.
Na assembleia, os professores já marcaram novo ato na quarta-feira (31) no vão do Masp, na avenida Paulista, região central, às 15h, no mesmo dia que o governador José Serra deixa o cargo para ser candidato à presidência.
De acordo com os organizadores da assembleia há 20.000 pessoas. Já a Polícia Militar informou que há cerca de 5.000 pessoas na praça.

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