3 de setembro de 2009

Entrevista do jogador Kaká à revista Enfoque Gospel


ENFOQUE - Como se posiciona diante de situações que provam sua fé?
KAKÁ - Eu estabeleci na minha vida que a opção que fiz foi de seguir o Evangelho, seguir Jesus e me firmar em Deus. Então, pode vir vento, tempestade, que minha vida foi firmada na Rocha. Venha fama, dinheiro ou provações, há coisas, valores muito mais importantes que prefiro manter. É dessa forma que vivo e aproveito a fama para falar e dar meu testemunho. Se não vamos levar nada daqui, quero ganhar é no meio espiritual



ENFOQUE - Tinhas um problema para um garoto de sua idade não é?.
KAKÁ - Sim. Eu tinha problemas de crescimento. Tinha dois anos de atraso na minha idade óssea. Então, era pequenininho, magrinho... Quando tinha 11 anos, meu corpo era o de uma criança de 9. Meus pais ficavam preocupados se eu ia crescer ou não. Então, o São Paulo começou a fazer um trabalho de desenvolvimento, de acompanhamento do meu físico. Mas só cresci a partir de 15 anos. Hoje tenho 1,85m de altura


ENFOQUE - Com toda esta convicção, que pessoas já aceitaram o Evangelho por meio de você?
KAKÁ - Muitas vidas foram alcançadas por intermédio do meu testemunho. Um grande exemplo é minha noiva, que não era evangélica quando nos conhecemos. Sempre orei ao Senhor para que me desse uma mulher de Deus. E muitas vezes a mulher de Deus não é aquela que vive dentro da igreja. Essa foi uma lição que aprendi. A gente cresce com aquela religiosidade, pensando que a mulher de Deus está dentro da igreja e muitas vezes não é assim. Há várias formas de Deus trabalhar. Sempre pedi uma mulher de Deus, que mesmo estando fora da igreja, tivesse um coração para Deus. Nosso namoro foi marcado por alguns sinais. Por exemplo, eu não queria convidar a Caroline para ir à igreja porque seria muito fácil ela ir para me agradar. Disse que se fosse uma mulher de Deus, ela desejaria ir por vontade própria. E foi assim que aconteceu. Depois de três meses de namoro, ela se interessou em conhecer a igreja. Após seis meses, foi batizada e está crescendo na igreja, faz cursos para formação de pastores e líderes. Ela é um grande testemunho de salvação.



ENFOQUE - Em que momento de sua vida sua fé foi mais provada?
KAKÁ - Ela é sempre provada. Mas teve um momento, antes de eu me tornar jogador profissional, em outubro de 2000, em que fui descer no escorregador da piscina em Caldas Novas, onde mora o meu avô paterno, e bati com a cabeça no fundo da piscina. Meu pescoço virou e eu fraturei a sexta vértebra, precisando usar um colete cervical e ficar em casa de repouso. Acho que são coisas que a gente tem de passar para aprender, para ser provado, para que sejamos habilitados. Naquele momento, eu não entendia por que estava passando por aquilo, mas meses depois, houve uma grande revolução na minha vida e eu me tornei um jogador profissional do São Paulo, em janeiro de 2001


ENFOQUE - Como você lida com os momentos de derrotas nos jogos?
KAKÁ - Realmente, é difícil. Mas já cheguei numa fase da minha carreira em que aprendi a lidar com a derrota. Mas procuro fazer tudo enquanto estou dentro de campo, dar o máximo que posso para que saia com o dever cumprido, sabendo que fiz o que pude para que eu, fora de campo, não fique arrependido, pensando: "Podia ter corrido mais um pouquinho." Então, essa é a forma como lido com a derrota. Davi, enquanto seu filho esteve doente, jejuou e sofreu. Depois que morreu, ele partiu para a vida e deu um banquete. Portanto, é mais ou menos dessa forma.


ENFOQUE - E o tema virgindade? Como fala sobre o assunto?
KAKÁ - Sempre me coloco imparcial. As pessoas acabam rotulando você. Esse é um assunto que não gosto mesmo de estar comentando e falando. Acho que o fã tem o direito total de saber da minha vida particular, mas não da minha vida íntima. Sobre a pessoa que está comigo e as decisões que tomo ou que tomei, cabe a mim, a Deus e à pessoa que está comigo.



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